Integrality in women's health care: limits of practice professional
Integralidad en la atención de la salud de la mujer: límites de la práctica profesional
Integralidade do cuidado à saúde da mulher: limites da prática profissional
Edméia de Almeida Cardoso Coelho; Carla Tatiane Oliveira Silva; Jeane Freitas de Oliveira; Mariza Silva Almeida
Abstract
The current policy of full attention to women's health proposes the incorporation of the principle of integrality and the size of gender in professional practices. This qualitative study was therefore aimed at encouraging reflection and discussion among a multiprofessional team about women's health care practices and identifying those aspects that might weaken or strengthen the integrality perspective. It was carried out in a primary health unit in Salvador (Bahia, Brazil), in 2005 and 2006, having as subjects women's health care practitioners from different educational backgrounds who took part in three reflection workshops. Data were analyzed by means of discourse analysis techniques assuming gender and integrality as the theoretical framework. The multiprofessional team was shown to recognize the fact that their female clientele face situations of class and gender inequalities as well as unequal and authoritarian relationships at the health unit. Integrality was absent from the professional practices under study, a fact also recognized by the health care team who, although being able to identify the weaknesses, is unable to mobilize its potential for collective organization in order to effect change.
Keywords
Resumen
La actual política de atención integral a la salud de la mujer propone la incorporación del principio de integridad y la dimensión de género en las prácticas profesionales. Este estudio cualitativo desarrollado con objetivos de proporcionar la reflexión y el debate con un equipo multidisciplinario en las prácticas del cuidado de la salud de la mujer y determinar los factores que debilitan aprovechar la perspectiva de exhaustividad. Dirigido a una Unidad Básica de Salud de Salvador-Ba con los profesionales que brindan atención a las mujeres, con distintos niveles de formación. El material empírico se produjo a través de talleres de reflexión y análisis de técnicas de análisis de discurso y género líneas e integridad como referencial teórico. El equipo multidisciplinario reconoce que las mujeres se reunieron frente a las situaciones de desigualdades de clase y de género, y con sujeción a las relaciones desiguales y autoritarias en el servicio. El todo inexiste en las prácticas profesionales estudiadas, que es reconocido por el participante del grupo de investigación que identifica los puntos débiles pero no la movilización de su potencial de la organización colectiva para el cambio.
Palabras clave
Resumo
A política atual de atenção integral à saúde das mulheres propõe a incorporação do princípio da integralidade e da dimensão de gênero nas práticas profissionais. Este estudo teve como objetivos: proporcionar reflexão e discussão sobre o cuidado à saúde das mulheres e identificar aspectos que fragilizam ou potencializam a integralidade. Tem abordagem qualitativa e foi realizado em uma unidade da rede básica de saúde, de Salvador-BA, com profissionais de níveis diferenciados de formação. A integralidade constituiu o eixo teórico, e o material empírico foi produzido por meio de oficinas de reflexão e analisado pela técnica de análise de discurso. A equipe multiprofissional reconhece que as mulheres usuárias enfrentam situações de desigualdades de classe e de gênero, além de se submeterem a relações desiguais e autoritárias no serviço. A integralidade inexiste, o que é reconhecido pelo grupo que identifica as fragilidades, mas não mobiliza seu potencial de organização coletiva para a mudança.
Palavras-chave
Referências
1. Mattos RA. Os sentidos da integralidade: algumas reflexões acerca dos valores que merecem ser defendidos. In: Pinheiro R, Mattos RA,organizadores Os sentidos da integralidade na atenção e no cuidado à saúde. Rio de Janeiro(RJ): IMS/UERJ/ABRASCO; 2001. p. 39-64.
2. Camargo Júnior KR. Um ensaio sobre a (in)definição da integralidade. In: Pinheiro R, Mattos R, organizadores. Construção da integralidade: cotidiano, saberes e práticas em saúde. 2ª ed. Rio de Janeiro(RJ): IMS/UERJ/ABRASCO; 2003. p. 35-44.
3. Sousa FGM, Terra MG, Erdmann AL. Health services organization according to the intersectoral perspective: a review. Online Brazilian Journal of Nursing [on-line]; 4.3 1 Dec 2005 Available:
4. Ministério da Saúde(BR). Secretaria de Atenção à Saúde/ Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Política Nacional de Atenção à Saúde da Mulher: princípios e diretrizes. Brasília (DF); 2004.
5. Pinheiro R, Luz MT. Práticas eficazes x modelos ideais: ação e pensamento na construção da integralidade. In: Pinheiro R, Mattos R A (orgs.) Construção da integralidade: cotidiano, saberes e práticas em saúde. Rio de Janeiro(RJ): ABRASCO; 2003. p. 7-34.
6. Coelho EAC. Enfermeiras que cuidam de mulheres: conhecendo a prática sob o olhar de gênero. [tese de doutorado]. São Paulo (SP): Escola de Enfermagem/USP; 2001.
7. Schaurich D, Cabral FB, Almeida MA. Metodologia da problematização no ensino em enfermagem: uma reflexão do vivido no PROFAE/RS. Esc Anna Nery Rev Enferm 2007; 11(2): 318-24.
8. Portella AP, Gouveia T. Idéias e dinâmicas para trabalhar com gênero. Recife(PE): SOS Corpo; 1998.
9. Fiorin JL. Linguagem e ideologia. 6ª ed. São Paulo(PE): Ática; 1998.
10. Fiorin JL, Savioli FP. Para entender o texto: leitura e redação. 15ªed. São Paulo(SP): Ática; 1999.
11. Soihet R. Violência simbólica: saberes masculinos e representações femininas. Est Fem 1997; 5(1): 7-29.
12. Ministério da Saúde (BR). Unidade de aprendizagem trabalho e relações na produção do cuidado. Curso de Formação de Facilitadores de Educação Permanente em Saúde. Rio de Janeiro(RJ): ENSP/Fiocruz; 2005.
13. Teixeira RR. Humanização e atenção primária à saúde. Cienc Saude Colet 2005; 10 (3): 585-97.
14. Amaral CGC. Debates de gênero: a transversalidade do conceito. 1ª ed.In:______ Mulher, violência e relações de gênero. Fortaleza(CE): UFC; 2005.p. 96-105.
15. Merhy E. Saúde: a cartografia do trabalho vivo. São Paulo(SP): Hucitec; 2002.
16. Costa AM, Guimarães MCL. Controle social uma questão de cidadania: saúde é assunto para mulheres. São Paulo(SP): Rede Nacional Feminista de Saúde e Direitos Reprodutivos; 2000.
17. Franco TB, Bueno, WS, Merhy EE. O acolhimento e os processos de trabalho em saúde: o caso de Betim-MG. In: Merhy EE, organizador. O trabalho em saúde: olhando e experienciando o SUS no cotidiano. São Paulo (SP): Hucitec; 2004.v.1. p. 37-54.
Submetido em:
20/06/2008
Revisado em:
18/09/2008
Aceito em:
04/12/2008