Curricular proposals on LGBTQIA+ health education in undergraduate health programs at a public university in northern Brazil
Propuestas curriculares para la educación en salud LGBTQIA+ en programas de salud de pregrado en una universidad pública del norte de Brasil
Propostas curriculares em ensino de saúde LGBTQIA+ na graduação em saúde de uma universidade pública da região norte do Brasil
Malan de Agrone e Silva Neto; Cristiano Gil Regis; Rafaela Gessner Lourenço; Aida Maris Peres
Abstract
Objectives to characterize the curricular proposals of undergraduate health programs regarding lesbian, gay, bisexual, transvestite, transsexual, queer, intersex, and asexual in the undergraduate health program of a public university in the northern region of Brazil.
Method a documentary research study was conducted using the Ready, Extract, Analyze, and Distil (READ) strategy, drawing on teaching, research, and extension documents available on the university's institutional website. Data were extracted by searching for keywords in the documents and analyzed using the content analysis technique.
Results five categories emerged for analysis. The analysis showed that LGBTQIA+ health education is provided for in non-specific and elective curricular components. A cisnormative and reproductive conception predominates in the institution's education.
Conclusion and implications for practice the need to implement LGBTQIA+ health education in mandatory curricular components is evident. The absence of LGBTQIA+ health education in mandatory subjects can make it difficult for professionals trained at the institution to practice when they encounter issues related to the topic in professional practice that were not addressed, or were inadequately addressed, during their undergraduate studies.
Keywords
Resumen
Palabras clave
Resumo
Objetivo: caracterizar as propostas curriculares dos cursos de graduação em saúde relacionadas às lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, queers, intersexuais e assexuais em uma universidade pública da Região Norte do Brasil.
Método: realizou-se uma pesquisa documental utilizando a estratégia de Ready, Extract, Analyse and Distil (READ) em documentos de ensino, pesquisa e extensão disponíveis no site institucional da universidade. Os dados foram extraídos por meio da busca por palavras-chave nos documentos e analisados com a técnica da Análise de Conteúdo.
Resultados: emergiram cinco categorias para a análise. A investigação evidenciou que o ensino de saúde LGBTQIA+ está previsto em componentes curriculares não específicos e eletivos. Observou-se uma concepção cis binária e reprodutiva predominante na educação ofertada pela instituição.
Conclusão e implicações para prática: evidencia-se a necessidade de implementar o ensino de saúde LGBTQIA+ em componentes curriculares obrigatórios. A ausência desse conteúdo em disciplinas obrigatórias pode dificultar do trabalho dos profissionais formados pela instituição, quando se deparam, no exercício profissional, com questões relacionadas ao tema que não foram abordadas ou que foram tratadas de forma inadequada durante a graduação.
Palavras-chave
References
1 Leiria M, Flores JM, Tesser Jr ZC, Oliveira DC, Moretti-Pires RO. As pessoas LGBTI+ nas DCN dos cursos de saúde no Brasil, 2001-2023. Rev Bras Educ Med. 2024;48(3):e077.
2 Stewart M, Ryu H, Blaque E, Hassan A, Anand P, Gómez-Ramirez O et al. Cisnormativity as a structural barrier to STI testing for trans masculine, two-spirit, and non-binary people who are gay, bisexual, or have sex with men. PLoS One. 2022;17(11):e0277315.
3 Shihadeh NA, Pessoa EM, Silva FFA. (in) visibilidade do acolhimento no âmbito da saúde: em pauta as experiências de integrantes da comunidade LGBTQIA+. BarBaroi. 2021;(58):172-94.
4 Guimarães NP, Sotero RL, Cola JP, Antonio S, Galavote HS. Avaliação da implementação da Política Nacional de Saúde Integral à população LGBT em um município da região Sudeste do Brasil. Rev Electron Comun Inf Inov Saude. 2020;14(2).
5 Costa-Val A, Manganelli MS, Moraes VMF, Cano-Prais HA, Ribeiro GM. Moraes VMF de, Cano-Prais HA, Ribeiro GM. O cuidado da população LGBT na perspectiva de profissionais da Atenção Primária à Saúde. Physis. 2022;32(2):1.
6 International Commision of Jurists. The Yogyakarta Principles Plus 10: additional principles and state obligations on the application of international human rights law in relation to sexual orientation, gender identity, gender expression. And sex characteristics to complemente the Yogyakarta. Genebra: ICJ; 2017.
7 Resolução nº 3, de 20 de junho de 2014 (BR). Institui Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Medicina e dá outras providências. Conselho Nacional de Educação. Diário Oficial da União [periódico na internet], Brasília (DF), 2014 [citado 2025 fev 7]. Disponível em:
8 Scott J. Gender: useful category of historical analysis. Am Hist Rev. 1986;91(5):1053-75.
9 Oliveira MM. Como fazer pesquisa qualitativa. Petrópolis: Vozes; 2007.
10 Gil A. Como elaborar projetas de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas; 2002.
11 O’Brien BC, Harris IB, Beckman TJ, Reed DA, Cook DA. Standards for reporting qualitative research: a synthesis of recommendations. Acad Med. 2014;89(9):1245-51.
12 Silva JMN, Paulino DB, Raimondi GA. Gênero e sexualidade na graduação em saúde coletiva do Brasil. Cien Saude Colet. 2020;25(6):2335-46.
13 Dalglish SL, Khalid H, McMahon SA. Document analysis in health policy research: the READ approach. Health Policy Plan. 2021;35(10):1424-31.
14 Bardin L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70; 2011.
15 Moretti-Pires RO, Vieira M, Finkler M. Violência simbólica na experiência de estudantes universitários LGBT. Saude Soc. 2022;31(4):1.
16 Silva PHA, Silva AG, Vasconcelos GMA, Silva JRS, Souza JDS, Thorpe LIF et al. Sexualidade na grade curricular acadêmica de enfermagem: avaliação em universidades. REUOL. 2021;15(1).
17 Paranhos WR, Willerding IAV, Lapolli ÉM. Formação dos profissionais de saúde para o atendimento de LGBTQI+. Interface. 2021;25:1.
18 Valenzuela VA, Cartes VR. Perspectiva de género en la educación médica: Incorporación, intervenciones y desafíos por supercar. Rev Chil Obstet Ginecol. 2019;84(1):82-8.
19 Cooper RL, Ramesh A, Radix AE, Reuben JS, Juarez PD, Holder CL et al. Affirming and inclusive care training for medical students and residents to reduce health disparities experienced by sexual and gender minorities: a systematic review. Transgend Health. 2023;8(4):307-27.
20 Sharma M, Pinto AD, Kumagai AK. Teaching the social determinants of health: a path to equity or a road to nowhere? Acad Med. 2018;93(1):25-30.
21 Sousa AJM, Nogueira FJS. Narrativas de pessoas LGBTQIA+ universitárias acerca do suicídio. Estud Pesqui Psicol. 2022;22(1):32-49.
22 Raimondi GA. A diversidade na sociedade: ensino da saúde de diversidades sexuais. In: Ciasca SV, Hercowitz A, Lopes Jr A, editores. Saúde LGBTQIA+: práticas de cuidado transdisciplinar. 1. ed. Barueri: Manole; 2021, p. 513-9.
23 Guimarães RCP, Lorenzo CFG, Mendonça AVM. Sexualidade e estigma na saúde: uma análise da patologização da diversidade sexual nos discursos de profissionais da rede básica. Physis. 2021;31(1):1.
24 Pina-Oliveira AA, Faria JGA, Apostolico MR, Osis MJD, Sousa MH, Puggina ACG. Perspectivas de graduandos em saúde sobre a temática minorias sexuais e de gênero na formação. Enferm Foco. 2022;12(5):1017-25.
25 Monteiro RB, Santos MPA, Araujo EM. Saúde, currículo, formação: experiências sobre raça, etnia e gênero. Interface. 2021;25:e200697.
26 Medeiros ES, Oliveira Jr JB, Leiria M, Moretti-Pires RO, Mello MMC. A formação de estudantes de Medicina para o cuidado destinado à saúde de pessoas LGBTI+. Rev Bras Educ Med. 2023;47(3):e108.
27 Cruz BA, Querichelli AFA, Uback L, Lima ARA, André JC. Are we preparing future doctors for assistance in situations of violence with a focus on gender and non-heterosexual sexualities? Report of a diagnostic educational “experience.”. Interface. 2023;27:1.
28 Sousa AJM, Nogueira FJS. Narrativas de pessoas LGBTQIA+ universitárias acerca do suicídio. Estud Pesqui Psicol. 2022;22(1):32-49.
29 Pantoja CBDS, Fernandes AMON, Santos FS, Silva RM, Costa YES. A importância da atuação fisioterapeutica na saúde da população LGBTIQA+ na atenção primária à saúde. RMS. 2021;2:4.
Accepted date:
07/08/2025

)