Work process for coordination of care in the Family Health Strategy
Proceso de trabajo para la coordinación de la atención en la Estrategia de Salud de la Familia
Processo de trabalho para coordenação do cuidado na Estratégia de Saúde da Família
Átila Chagas de Araújo; Luiza Jane Eyre de Souza Vieira; Antonio Rodrigues Ferreira Júnior; Antonio Germane Alves Pinto; Kerma Márcia de Freitas; Camila Lima Ribeiro
Abstract
Objective: To understand the work process of Family Health Strategy teams in the coordination of care, highlighting factors involved in this coordination.
Method: Qualitative study based on the attributes of care coordination, carried out with 18 care and management professionals between January and March 2020.
Results: Three final themes emerged: “Care plan”; “Standardization of practices”; and “Dialogical communication at different levels of care”. The pattern of responses points to the fragmentation of care and weakens coordination mechanisms. The exposure of restrictive factors related to the meso- and macro-organizational levels of the municipal health system reverberates in the ability of teams to coordinate care.
Conclusion and implications for practice: The coordination of care faces obstacles related to the work process of teams and structural issues in the organization of the health network. The contributions go beyond care and management, reaching education, research, and extension in professional training. Permanent education enables reorientations to guarantee the flow of users in the care network and provide comprehensive care to the population.
Keywords
Resumen
Palabras clave
Resumo
Objetivo: Compreender o processo de trabalho de equipes da Estratégia Saúde da Família na coordenação do cuidado, ressaltando fatores intervenientes a essa coordenação.
Método: Pesquisa com abordagem qualitativa, ancorada nos atributos da coordenação do cuidado, realizada com 18 profissionais da atenção e gestão, entre janeiro e março de 2020.
Resultados: Emergiram três temas finais: “Plano de cuidados”, “Alinhamento de condutas” e “Comunicação dialógica nos distintos níveis de atenção”. O padrão de respostas aponta a fragmentação da assistência e fragiliza os mecanismos de coordenação. A exposição de fatores restritivos relativos ao nível meso e macro organizacional do sistema municipal de saúde reverbera na capacidade das equipes de coordenar o cuidado ao usuário.
Conclusão e implicações para a prática: A coordenação do cuidado enfrenta obstáculos relacionados ao processo de trabalho das equipes e questões estruturais na organização da rede de saúde. As contribuições transpõem a atenção e gestão, alcançam o ensino, pesquisa e extensão na formação profissional. A educação permanente possibilita reorientações para garantir o fluxo dos usuários na rede de atenção e propiciar atenção integral à população.
Palavras-chave
References
1 Giovanella L, Mendonça MHM, Buss PM, Fleury S, Gadelha CAG, Galvão LAC et al. Atenção primária à saúde e sistemas universais de saúde: compromisso indissociável e direito humano fundamental. Cad Saude Publica. 2019;35(3):e00012219.
2 Pinto LF, Giovanella L. Do programa à estratégia saúde da família: expansão do acesso e redução das internações por condições sensíveis à atenção básica (ICSAB). Cien Saude Colet. 2018;23(6):1903-4.
3 Portaria nº 2.436 de 21 de setembro de 2017 (BR). Aprova a política nacional de atenção básica, estabelecendo a revisão de diretrizes para a organização da Atenção Básica, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Diário Oficial da União, Brasília (DF), 21 set 2017: Seção 1: 68.
4 Macinko J, Mendonça CS. Estratégia saúde da família, um forte modelo de atenção primária à saúde que traz resultados. Saúde Debate. 2018;42(1):18-37.
5 Starfield B. Atenção primária: equilíbrio entre necessidades de saúde, serviços e tecnologia [Internet]. Brasília: UNESCO, Ministério da Saúde; 2002 [citado 2022 set 9]. Disponível em:
6 Cunha GT. A construção da clínica ampliada na atenção básica. São Paulo: Hucitec; 2005.
7 Sousa AN. Monitoramento e avaliação na atenção básica no Brasil: a experiência recente e desafios para a sua consolidação. Saúde Debate. 2018;42(spe1):289-301.
8 Fontana KC, Lacerda JT, Machado PMO. O processo de trabalho na atenção básica à saúde: avaliação da gestão. Saúde Debate. 2016;40(110):64-80.
9 McDonald KM, Schultz E, Albin L, Pineda N, Lonhart J, Sundaram V et al. Care coordination measures atlas: update june 2014 [Internet]. Rockville: Agency for Healthcare Research and Quality; 2014 [citado 2022 set 9]. Disponível em:
10 Hofmarcher MM, Oxley H, Rusticelli E. Improved health system performance through better care coordination. Paris: OECD; 2007. (OECD Health Working Papers; no. 30).
11 Silva RCC, Novais MAP, Zucchi P. Permanent education as an inalienable responsibility of health councils: the current scenario in the unified health system. Clinics. 2020;75:e1443.
12 Mendes EV. O cuidado das condições crônicas na atenção primária à saúde: o imperativo da consolidação da estratégia da saúde da família. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, Organização Mundial da Saúde, Conselho Nacional de Secretários de Saúde; 2012.
13 Lavras C. Atenção primária à saúde e a organização de redes regionais de atenção à saúde no Brasil. Saude Soc. 2011;20(4):867-74.
14 Ehrlich C, Kendall E, Muenchberger H. Spanning boundaries and creating strong patient relationships to coordinate care are strategies used by experienced chronic condition care coordinators. Contemp Nurse. 2012;42(1):67-75.
15 Miller AM, Swartwout KD, Schoeny ME, Vail M, McClenton R. Care coordination to target patient complexity and reduce disparaties in primary care. Public Health Nurs. 2019;36(4):451-60.
16 Vidal TB, Rocha SA, Harzheim E, Hauser L, Tesser CD. Modelos de agendamento e qualidade da atenção primária: estudo transversal multinível. Rev Saude Publica. 2019;53:38-53.
17 Brito GEG. O processo de trabalho na Estratégia Saúde da Família: um estudo de caso [tese]. Recife: Centro de Pesquisas Ageu Magalhães, Fundação Oswaldo Cruz; 2016 [citado 2022 set 9]. Disponível em:
18 Okunogbe A, Meredith LS, Chang ET, Simon A, Stockdale SE, Rubenstein LV. Care coordination and provider stress in primary care management of high-risk patients. J Gen Intern Med. 2018;33(1):65-71.
19 Bousquat A, Giovanella L, Campos SEM, Almeida PF, Martins CL, Mota PHS et al. Atenção primária à saúde e coordenação do cuidado nas regiões de saúde: perspectiva de gestores e usuários. Cien Saude Colet. 2017;22(4):1141-54.
20 Almeida PF, Medina MG, Fausto MCR, Giovanela L, Bousquat A, Mendonça MHM. Coordenação do cuidado e atenção primária à saúde no sistema único de saúde. Saúde Debate. 2018;42(1):244-60.
21 Santos AM, Giovanella L. Estratégia saúde da família na coordenação do cuidado em região de saúde na Bahia. Saúde Debate. 2016;40(108):48-63.
22 Wagner EH, Sandhu N, Coleman K, Phillips KE, Sugarman JR. Improving care coordination in primary care. Med Care. 2014;52(11, Supl. 4):S33-8.
23 Siqueira H, Brandão C. Território e desenvolvimento: as múltiplas escalas entre o local e o global. Rev Polit Públicas [Internet]. 2012; [citado 2022 set 9];16(1):209-11. Disponível em:
24 Vinuto J. A amostragem em bola de neve na pesquisa qualitativa: um debate em aberto. Tematicas. 2014;22(44):203-20.
25 Resolução nº 466 de 12 de dezembro de 2012 (BR). Aprova as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos e revoga as Resoluções CNS nos. 196/96, 303/2000 e 404/2008. Diário Oficial da União, Brasília (DF), 13 jun 2012: Seção 1: 59.
26 Arantes LJ, Shimizu HE, Merchán-hamann E. Contribuições e desafios da estratégia saúde da família na atenção primária à saúde no Brasil: revisão da literatura. Cien Saude Colet. 2016;21(5):1499-510.
27 Miclos PV, Calvo MCM, Colussi CF. Avaliação do desempenho da atenção básica nos municípios brasileiros com indicador sintético. Saúde Debate. 2015;39(107):984-96.
28 Terraza Núñez R, Vargas Lorenzo I, Vázquez Navarrete ML. La coordinación entre niveles asistenciales: una sistematización de sus instrumentos y medidas. Gac Sanit. 2006;20(6):485-95.
29 Ribeiro SP, Cavalcanti MLT. Primary health care and coordination of care: device to increase access and improve quality. Cien Saude Colet. 2020;25(5):1799-808.
30 Fausto MCR, Campos EMS, Almeida PF, Medina MG, Giovanella L, Bousquat A et al. Itinerários terapêuticos de pacientes com acidente vascular encefálico: fragmentação do cuidado em uma rede regionalizada de saúde. Rev Bras Saúde Mater Infant. 2017;17(Supl. 1):S63-72.
31 Venancio SI, Rosa TEC, Bersusa AAS. Atenção integral à hipertensão arterial diabetes mellitus: implementação da linha de cuidado em uma região de saúde do estado de São Paulo, Brasil. Physis. 2016;26(1):113-5.
32 Galvão JR, Almeida PF, Santos AM, Bousquat A. Percursos e obstáculos na rede de atenção à saúde: trajetórias assistenciais de mulheres em região de saúde do Nordeste brasileiro. Cad Saude Publica. 2019;35(12):e00004119.
33 Rodrigues LBB, Silva PCS, Peruhype RC, Palha PF, Popolin MP, Crispim JA et al. A atenção primária à saúde na coordenação das redes de atenção: uma revisão integrativa. Cien Saude Colet. 2014;19(2):343-52.
34 Soranz D, Pinto LF, Camacho LAB. Análise dos atributos dos cuidados primários em saúde utilizando os prontuários eletrônicos na cidade do Rio de Janeiro. Cien Saude Colet. 2017;22(3):819-30.
Submitted date:
09/13/2022
Accepted date:
01/20/2023