Escola Anna Nery Revista de Enfermagem
https://eanjournal.org/article/doi/10.1590/2177-9465-EAN-2021-0091
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem
Research

Participatory music workshop for the Subjective and Psychological Well-being of users in psychiatric hospitalization

Taller musical participativo para el Bienestar Subjetivo y Psicológico de usuarios en hospitalización psiquiátrica

Oficina musical participativa para o Bem-Estar Subjetivo e Psicológico de usuários em internação psiquiátrica

Eduardo Gabriel Cassola; Márcia Caroline dos Santos; Bárbara Vukomanovic Molck; João Vitor Pereira da Silva; Thiago da Silva Domingos; Guilherme Correa Barbosa

Downloads: 0
Views: 14

Abstract

Objective  to identify the contributions of a participatory musical intervention on Psychological and Subjective Well-Being in nursing care for users with severe and persistent mental disorder during hospitalization.

Method: this is a quasi-experimental before-and-after research, carried out in a hospital in the state of São Paulo. Ten users in psychiatric hospitalization participated in the four music workshops. The repertoire catered to their preferences and musical instruments were distributed to promote participation. Psychological Well-Being and the Positive and Negative Affect Schedule were applied at the beginning and at the end of each workshop. Data were analyzed considering a confidence interval of 95%.

Results: no statistical differences were identified between the values found before and after the music workshops for the variables Well-Being and Positive and Negative Affects. The outcomes of Subjective Well-Being behaved more linear when compared to Psychological Well-Being, with an increase in positive affects and a decrease in negative affects.

Conclusion and implications for practice  participatory music workshops favor the subjective well-being of users with severe and persistent mental disorders. This intervention corresponded to a potential light technology for nursing to act autonomously and qualified in the psycho-emotional care of users in psychiatric hospitalization.

Keywords

Psychiatric Nursing; Music; Mental Health; Complementary Therapies; Mental Disorders

Resumen

Objetivo: identificar los aportes de una intervención musical participativa sobre el Bienestar Psicológico y Afectos Positivos y Negativos en el cuidado de enfermería de usuarios con trastorno mental severo y persistente durante la hospitalización.

Método: investigación cuasi experimental, del tipo antes y después, realizada en un hospital del estado de São Paulo. Diez usuarios en hospitalización psiquiátrica participaron en los cuatro talleres de música. El repertorio cumplió con sus preferencias y se distribuyeron instrumentos musicales para promover la participación. La escala de Bienestar Psicológico y Afectos Positivos y Negativos se aplicó al inicio y al final de cada taller. Los datos se analizaron considerando un intervalo de confianza del 95%.

Resultados: no se identificaron diferencias estadísticas entre los valores encontrados antes y después de los talleres musicales para las variables de bienestar y afectos positivos y negativos. Los resultados del Bienestar Subjetivo se comportaron de forma más lineal en comparación con el Bienestar Psicológico, con un aumento de los afectos positivos y una disminución de los afectos negativos.

Conclusión e implicaciones para la práctica: el taller de música participativa favorece el bienestar subjetivo de los usuarios con trastornos mentales graves y persistentes. Esta intervención correspondió a una potencial tecnología de luz para que Enfermería actuara de manera autónoma y calificada en la atención psicoemocional del usuario durante la hospitalización psiquiátrica.

Palabras clave

Enfermería Psiquiátrica; Música; Salud Mental; Terapias Complementarias; Transtornos Mentales

Resumo

Objetivo: identificar as contribuições de uma intervenção musical participativa sobre o Bem-Estar Psicológico e Subjetivo na assistência da enfermagem de usuários com transtorno mental grave e persistente durante a internação.

Método: pesquisa quase-experimental, do tipo antes e depois, realizada em uma instituição hospitalar do estado de São Paulo. Dez usuários em internação psiquiátrica participaram das quatro oficinas musicais. O repertório atendeu às suas preferências e foram distribuídos instrumentos musicais para promover a participação. Aplicou-se a escala de Bem-Estar Psicológico e dos Afetos Positivos e Negativos ao início e ao término de cada oficina. Os dados foram analisados considerando Intervalo de Confiança de 95%.

Resultados: não foram identificadas diferenças estatísticas entre os valores encontrados antes e depois das oficinas musicais para as variáveis do Bem-Estar e Afetos Positivos e Negativos. Os desfechos do Bem-Estar Subjetivo foram mais lineares quando comparados ao Bem-Estar Psicológico, observando-se aumento nos afetos positivos e diminuição dos afetos negativos.

Conclusão e implicações para a prática: a oficina musical participativa favorece o bem-estar subjetivo de usuários com transtornos mentais graves e persistentes. Essa intervenção correspondeu a uma tecnologia leve potencial para a enfermagem atuar de modo autônomo e qualificado no cuidado psicoemocional do usuário na internação psiquiátrica.

Palavras-chave

Enfermagem Psiquiátrica; Música; Saúde Mental; Terapias Complementares; Transtornos Mentais

Referencias

1 World Health Organization. WHO global report on traditional and complementary medicine 2019 [Internet]. Geneva: WHO; 2019 [citado 2021 jun 4]. Disponível em: https://www.who.int/publications/i/item/978924151536

2 Areias JC. A música, a saúde e o bem estar. Nascer Crescer [Internet]. 2016; [citado 2020 jul 5];25(1):[aprox.4 telas]. Disponível em: http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-07542016000100001

3 Zanello V, Souza G. Mais música, menos Haldol: uma experiência entre música, Phármakon e loucura. Mental [Internet]. 2009; [citado 2020 jul 6];7(13):[aprox.12 telas]. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S1679-44272009000200009&script=sci_abstract

4 Wang S, Agius M. The use of music therapy in the treatment of mental illness and the enhancement of societal wellbeing. Psychiatr Danub. 2018 nov;30(7, Supl. 7):595-600. PMid:30439854.

5 Santos TRMS, Cavalcante TB, Silva JJF. Music therapy in patients with disorders of consciousness: an integrative review. Cad Bras Ter Ocup. 2019 maio;27(4). http://dx.doi.org/10.4322/2526-8910.ctoar1909.

6 Weigsding JA, Barbosa CP. A influência da música no comportamento humano. Arquivos do MUDI [Internet]. 2018 nov; [citado 2020 jun 3];18(2):47-62. Disponível em: https://www.meloteca.com/wp-content/uploads/2018/11/a-influencia-da-musica-no-comportamento-humano.pdf

7 Ramalho ADM, Ramalho JPG. A musicoterapia como recurso terapêutico para tratamento do paciente psiquiátrico. Enfermagem Brasil [Internet]. 2017 ago; [citado 2020 jul 6];16(4):246-52. Disponível em: https://portalatlanticaeditora.com.br/index.php/enfermagembrasil/article/view/1263/2398

8 Siqueira MMM, Padovam VAR. Bases teóricas de bem-estar subjetivo, bem-estar psicológico e bem-estar no trabalho. Psicol, Teor Pesqui. 2008 jun;24(2):201-9. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-37722008000200010.

9 Zanon C, Bastianello MR, Pacico JC, Hutz CS. Desenvolvimento e validação de uma escala de afetos positivos e negativos. Psico-USF. 2013 ago;18(2):193-201. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-82712013000200003.

10 Carvalho HW, Andreoli SB, Lara DR, Patrick CJ, Quintana MI, Bressan RA et al. Structural validity and reliability of the Positive and Negative Affect Schedule (PANAS): evidence from a large Brazilian community sample. Rev Bras Psiquiatr. 2013 jun;35(2):169-72. http://dx.doi.org/10.1590/1516-4446-2012-0957. PMid:23904023.

11 Portaria n. 971/2006 (BR). Aprova a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde. Diário Oficial da União [periódico na internet], Brasília (DF), 4 maio 2006: Seção 1: 20-5] [citado 19 jun 2017]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2006/prt0971_03_05_2006.html

12 Portaria n. 145/2017 (BR). Altera procedimentos na Tabela de Procedimentos, Medicamentos, Órteses, Próteses e Materiais Especiais do SUS para atendimento na Atenção Básica. Diário Oficial da União [periódico na internet], Brasília (DF), 13 jan 2017: Seção 1: 32-4 [citado 1 jun 2018]. Disponível em: http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?jornal=1&pagina=32&data=13/01/2017

13 Portaria n. 702/2018 (BR). Altera a Portaria de Consolidação nº 2/GM/MS, de 28 de setembro de 2017, para incluir novas práticas na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares – PNPIC. Diário Oficial da União [periódico na internet], Brasília (DF), 21 mar 2018: Seção 1: 34-40 [citado 1 jun 2018]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2018/prt0702_22_03_2018.html

14 Dacal MPO, Silva IS. Impactos das práticas integrativas e complementares na saúde de pacientes crônicos. Saúde Debate. 2018 set;42(118):724-35. http://dx.doi.org/10.1590/0103-1104201811815.

15 Anjos AG, Montanhaur CD, Campos ÉB, Piovezana ALPD, Montalvão JS, Neme CMB. Musicoterapia como estratégia de intervenção psicológica com crianças: uma revisão da literatura. Gerais Rev Interinst Psicol [Internet]. 2017 dez; [citado 2020 jul 6];10(2):228-38. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-82202017000200008

16 Lei n. 5.905 de 12 de julho de 1973 (BR). A resolução COFEN nº 581/2018 – alterada pela resolução COFEN nº 625/2020, atualiza, no âmbito do Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem, os procedimentos para Registro de Títulos de Pós – Graduação Lato e Stricto Sensu concedido a Enfermeiros e aprova a lista das especialidades. Diário Oficial da União, Brasília (DF), 11 jul 2018.

17 Azevedo C, Moura CC, Corrêa HP, Mata LRF, Chaves ÉCL, Chianca TCM. Práticas integrativas e complementares no âmbito da enfermagem: aspectos legais e panorama acadêmico-assistencial. Esc Anna Nery. 2019 abr;23(2):e20180389. http://dx.doi.org/10.1590/2177-9465-ean-2018-0389.

18 Guimarães NA, Borba LO, Larocca LM, Maftum MA. Tratamento em saúde mental no modelo manicomial (1960 a 2000): histórias narradas por profissionais de enfermagem. Texto Contexto Enferm. 2013;22(2):361-9. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-07072013000200012.

19 Cardoso L, Galera SAF. O cuidado em saúde mental na atualidade. Rev Esc Enferm USP. 2011 jun;45(3):687-91. http://dx.doi.org/10.1590/S0080-62342011000300020. PMid:21710076.

20 Sampieri RH, Collado CF, Lucio MPB. Metodologia de pesquisa. 5. ed. Porto Alegre: Penso; 2013.

21 Galinha IC, Pais-Ribeiro JL. Contribuição para o estudo da versão portuguesa da Positive and NegativeAffect Schedule (PANAS):II - estudo psicométrico. Anal Psicol. 2005 abr;23(2):219-27. http://dx.doi.org/10.14417/ap.84.

22 Machado WL, Bandeira DR, Pawlowski J. Validação da Psychological Well-being Scale em uma amostra de estudantes universitários. Aval Psicol [Internet]. 2013 ago; [citado 2020 jul 6];12(2):263-72. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-04712013000200017&lng=pt

23 Resolução n. 466/2012 (BR). Dispõe sobre diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Diário Oficial da União [periódico na internet], Brasília (DF), 12 dez 2012. [citado 1 jun 2018]. Disponível em: http://www.conselho.saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf

24 Miasso AI, Cassiani SHB, Pedrão LJ. Transtorno afetivo bipolar e ambivalência em relação à terapia medicamentosa: analisando as condições causais. Rev Esc Enferm USP. 2011 abr;45(2):433-41. http://dx.doi.org/10.1590/S0080-62342011000200019. PMid:21655795.

25 Ferreira BC Jr, Barbosa MA, Barbosa IG, Hara C, Rocha FL. Alterações cognitivas na esquizofrenia: atualização. Rev Psiquiatr Rio Gd Sul. 2010;32(2). http://dx.doi.org/10.1590/S0101-81082010000200006.

26 Silva MJP. Comunicação tem remédio: a comunicação nas relações interpessoais em saúde. 8. ed. São Paulo: Edições Loyola; 2011.

27 Neves MAP, Souza VLT. Música e psicologia na escola: mobilizando afetos na classe de recuperação. Psicol Esc Educ. 2018 jan/abr;22(1):17-25. http://dx.doi.org/10.1590/2175-35392018019065.

28 Gebhardt S, Dammann I, Loescher K, Wehmeier PM, Vedder H, von Georgi R. The effects of music therapy on the interaction of the self and emotions: an interim analysis. Complement Ther Med. 2018 dez;41:61-6. http://dx.doi.org/10.1016/j.ctim.2018.08.014. PMid:30477866.

29 Porter S, McConnell T, McLaughlin K, Lynn F, Cardwell C, Braiden H-J et al. Music therapy for children and adolescents with behavioural and emotional problems: a randomised controlled trial. J Child Psychol Psychiatry. 2017 maio;58(5):586-94. http://dx.doi.org/10.1111/jcpp.12656. PMid:27786359.

30 Franzoi MAH, Santos JLG, Backes VMS, Ramos FRS. Intervenção musical como estratégia de cuidado de enfermagem a crianças com transtorno do espectro do autismo em um centro de atenção psicossocial. Texto Contexto Enferm. 2016 Mar;25(1). http://dx.doi.org/10.1590/0104-070720160001020015.

31 Gloria MB, Howard KB, Joanne MD. Classificação das intervenções de enfermagem (NIC). 5. ed. Rio de Janeiro; 2010.

32 Bergold LB, Alvim NAT. A música terapêutica como uma tecnologia aplicada ao cuidado e ao ensino de enfermagem. Esc Anna Nery. 2009 set;13(3):537-42. http://dx.doi.org/10.1590/S1414-81452009000300012.

33 Amado DM, Rocha PRS, Ugarte OA, Ferraz CC, Lima MC, Carvalho FFB. Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no Sistema Único de Saúde 10 anos: avanços e perspectivas. J Manag Prim Heal Care. 2018;8(2):290-308. http://dx.doi.org/10.14295/jmphc.v8i2.537.

34 Melo SCC, Santana RG, Santos DC, Alvim NAT. Práticas complementares de saúde e os desafios de sua aplicabilidade no hospital: visão de enfermeiros. Rev Bras Enferm. 2013 nov/dez;66(6):840-6. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-71672013000600005. PMid:24488454.

35 Boing AC, Santiago PHR, Tesser CD, Furlan IL, Bertolfi AD, Boing AF. Prevalence and associated factors with integrative and complementary practices use in Brazil. Complement Ther Clin Pract. 2019;37:1-5. http://dx.doi.org/10.1016/j.ctcp.2019.07.009. PMid:31445361.

36 Tesser CD, Sousa IMC. Atenção Primária, Atenção Psicossocial, Práticas Integrativas e Complementares e suas afinidades eletivas. Saude Soc. 2012 jun;21(2):336-50. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-12902012000200008.

37 Amarante P, Nunes MO. A reforma psiquiátrica no SUS e a luta por uma sociedade sem manicômios. Cien Saude Colet. 2018;23(6):2067-74. http://dx.doi.org/10.1590/1413-81232018236.07082018. PMid:29972514.

38 Deatrich KG, Prout MF, Boyer BA, Yoder SE. Effectiveness of group music therapy in a psychiatric hospital: a randomized pilot study of treatment outcome. Int J Group Psychother. 2016 jun;66(4):592-617. http://dx.doi.org/10.1080/00207284.2016.1190239.

39 Lara APM, Volpe FM. Evolução do perfil das internações psiquiátricas pelo Sistema Único de Saúde em Minas Gerais, Brasil, 2001-2013. Cien Saude Colet. 2019;24(2):659-68. http://dx.doi.org/10.1590/1413-81232018242.14652017. PMid:30726398.

40 Witusik A, Pietras T. Music therapy as a complementary form of therapy for mental disorders. Pol Merkur Lekarski. 2019;47(282):240-3. PMid:31945027.

41 Ciğerci Y, Kisacik OG, Özyürek P, Çevik C. Nursing music intervention: a systematic mapping study. Complement Ther Clin Pract. 2019 maio;35:109-20. http://dx.doi.org/10.1016/j.ctcp.2019.02.007. PMid:31003646.
 


Submitted date:
06/04/2021

Accepted date:
23/07/2021

67ffe9c7a953952d08433814 ean Articles

Esc. Anna Nery

Share this page
Page Sections