Escola Anna Nery Revista de Enfermagem
https://eanjournal.org/article/doi/10.1590/2177-9465-EAN-2020-0266
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem
Pesquisa

Line of care for children and adolescents living with HIV: participatory research with professionals and managers

Línea de atención para niños y adolescentes con VIH: investigación participativa con profesionales y gerentes

Linha de cuidado para crianças e adolescentes vivendo com HIV: pesquisa participante com profissionais e gestores

Daniela Dal Forno Kinalski; Raquel Einloft Kleinubing; Marília Alessandra Bick; Tassiane Ferreira Langendorf; Stela Maris de Mello Padoin; Cristiane Cardoso de Paula

Downloads: 0
Views: 102

Abstract

Objective: To build a network for the health care of children and adolescents living with HIV.

Method: Participatory research developed through the focus group technique with 23 professionals and managers of the primary and specialized care services, in a city in the south of Brazil. The empirical data was subjected to thematic content analysis.

Results: The fact that health care provided to this population is mostly performed in specialized services fostered the discussion about the conceptual, structural and social aspects of the theme. It was agreed that the assistance should be performed centered on the user and shared among the services, considering the qualifying attributes of care. The assignments of each service, the articulations and the operationalization were defined for integration among the network points. The validation of the main ideas culminated in the construction of a care network for children and adolescents living with HIV.

Conclusion and implications for practice: The implementation of this product, adapted to the municipalities’ daily assistance practice, requires strategic actions for integrating the points of care and for qualifying health care for this population.

Keywords

Comprehensive Health Care; Child Health; Adolescent Health; HIV; Acquired immunodeficiency syndrome

Resumen

Objetivo: Construir una línea de cuidado para la atención a la salud de niños y adolecentes con VIH.

Método: Investigación participativa desarrollada a través de la técnica de grupos focales con 23 profesionales y gestores de la atención primaria y especializada, en un municipio del Sur del Brasil. El material empírico se sometió a un análisis de contenido temático.

Resultados: El hecho de que la atención de la salud de esta población realizarse principalmente en servicios especializados, fomentó la discusión sobre los aspectos conceptuales, estructurales y sociales del tema. Se ha definido como debe realizarse la atención centrada en el usuario y compartida entre los servicios, considerando los atributos calificativos de la atención. Los atributos de cada servicio, las articulaciones y las operacionalizaciones se definieron para la integración entre los puntos de la red. La validación de las ideas centrales culminó con la construcción de la línea de cuidado para niños y adolescentes que viven con VIH.

Conclusión e implicaciones para la práctica: La implantación de este producto, adaptado a la asistencia diaria de los municipios exige acciones estratégicas para la integración de los puntos de atención y para la calificación de la atención sanitaria de esta población.

Palabras clave

Atención Integral de Salud; Salud de los niños; Salud del adolescente; VIH; Síndrome de Inmunodeficiencia Adquirida

Resumo

Objetivo: Construir uma linha de cuidado para a atenção à saúde às crianças e adolescentes com HIV.

Método: Pesquisa participante desenvolvida por meio da técnica de grupo focal com 23 profissionais e gestores da atenção primária e especializada, em município do Sul do Brasil. O material empírico foi submetido à análise de conteúdo temática.

Resultados: O fato de a atenção à saúde para esta população ser realizada, majoritariamente, nos serviços especializados fomentou a discussão de aspectos conceituais, estruturais e sociais acerca da temática. Pactuou-se como deve ser realizada a atenção centrada no usuário e compartilhada entre os serviços, considerando os atributos qualificadores da atenção. As atribuições de cada serviço, as articulações e a operacionalização foram definidas para a integração entre os pontos da rede. A validação das ideias centrais culminou com a construção da linha de cuidado para crianças e adolescentes vivendo com HIV.

Conclusão e implicações para a prática: A implantação desse produto adaptado ao cotidiano assistencial dos municípios requer ações estratégicas para a integração dos pontos de atenção e para qualificação da atenção à saúde dessa população.

Palavras-chave

Assistência Integral à Saúde; Saúde da Criança; Saúde do Adolescente; HIV; Síndrome da Imunodeficiência Adquirida

Referências

1 United Nations. Special edition: progress towards the Sustainable Development Goals. New York: United Nations; 2019.

2 World Health Organization, Pan American Health Organization. Plan of action for the prevention and control of HIV and sexually transmitted infections 2016-2021. Geneva: WHO; 2016.

3 The Joint United Nations Programme on HIV/AIDS. On the Fast-Track to end AIDS free generation. Geneva: UNAIDS; 2015.

4 Melo EA, Maksud I, Agostini R. Cuidado, HIV/Aids e atenção primária no Brasil: desafio para a atenção no Sistema Único de Saúde? Rev Panam Salud Publica. 2018 set;42:e151. http://dx.doi.org/10.26633/RPSP.2018.151. PMid:31093179.

5 Loch AP, Nemes MIB, Santos MA, Alves AM, Melchior R, Basso CR et al. Avaliação dos serviços ambulatoriais de assistência a pessoas vivendo com HIV no Sistema Único de Saúde: estudo comparativo 2007/2010. Cad Saude Publica. 2018;34(2):e00047217. http://dx.doi.org/10.1590/0102-311x00047217. PMid:29489944.

6 Zambenedetti G, Silva RAN. Descentralização da atenção em HIV-Aids para a atenção básica: tensões e potencialidades. Physis. 2016 jul/set;26(3):785-806. http://dx.doi.org/10.1590/s0103-73312016000300005.

7 Magnabosco GT, Lopes LM, Andrade RLP, Brunello MEF, Monroe AA, Villa TCS. HIV/AIDS care: analysis of actions and health services integration. Esc Anna Nery. 2018 jul;22(4):e20180015. http://dx.doi.org/10.1590/2177-9465-ean-2018-0015.

8 Sohn AH. Taking a critical look at the UNAIDS global estimates on pediatric and adolescent HIV survival and death. J Int AIDS Soc. 2017 jun;20(1). http://dx.doi.org/10.7448/IAS.20.1.21952.

9 Nakata LC, Feltrin AFS, Chaves LDP, Ferreira JBB. Concept of health care network and its key characteristics: a scoping review. Esc Anna Nery. 2020 jan;24(2):e20190154. http://dx.doi.org/10.1590/2177-9465-ean-2019-0154.

10 Silva CB, Paula CC, Lopes LFD, Harzheim E, Magnago TSBS, Schimith MD. Atenção à saúde de criança e adolescente com HIV: comparação entre serviços. Rev Bras Enferm. 2016 maio/jun;69(3):522-31. http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167.2016690315i. PMid:27355302.

11 Grieb SD, Eder MM, Smith KC, Calhoun K, Tandon D. Qualitative research and community-based participatory research: considerations for effective dissemination in the peer-reviewed literature. Prog Community Health Partnersh. 2015 dez;9(2):275-82. http://dx.doi.org/10.1353/cpr.2015.0041. PMid:26412768.

12 Kinalski DDF, Paula CC, Padoin SMM, Neves ET, Kleinubing RE, Cortes LF. Focus group on qualitative research: experience report. Rev Bras Enferm. 2017;70(2):424-9. http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167-2016-0091. PMid:28403311.

13 Minayo MCS. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 14. ed. São Paulo: Hucitec/ABRASCO; 2014.

14 Portaria nº 4.279, de 30 de dezembro de 2010 (BR). Estabelece diretrizes para a organização da Rede de Atenção à Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Diário Oficial da União [periódico na internet], Brasília (DF), 31 dez 2010 [citado 10 jul 2020]. Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/diarios/24023258/pg-88-secao-1-diario-oficial-da-uniao-dou-de-31-12-2010

15 Rio Grande do Sul, Secretaria do Estado da Saúde, Departamento de Ações em Saúde, Coordenação Estadual de IST/AIDS. Linha de cuidado para pessoas vivendo com HIV (PVHIV) e outras infecções sexualmente transmissíveis. 2. ed. Porto Alegre (RS): Escola de Saúde Pública; 2018.

16 Medeiros LB, Trigueiro DRSG, Silva DM, Nascimento JA, Monroe AA, Nogueira JÁ et al. Integração entre serviços de saúde no cuidado às pessoas vivendo com Aids: uma abordagem utilizando árvore de decisão. Cien Saude Colet. 2016 fev;21(2):543-52. http://dx.doi.org/10.1590/1413-81232015212.06102015. PMid:26910161.

17 Viana ALÁ, Bousquat A, Melo GA, Negri Fo A, Medina MG. Regionalização e Redes de Saúde. Cien Saude Colet. 2018 jun;23(6):1791-8. http://dx.doi.org/10.1590/1413-81232018236.05502018. PMid:29972487.

18 Silva MEA, Reichert APS, Souza SAF, Pimenta EAG, Collet N. Doença crônica na infância e adolescência: vínculos da família na rede de atenção à saúde. Texto Contexto Enferm. 2018 maio;27(2):e4460016. http://dx.doi.org/10.1590/0104-070720180004460016.

19 Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Atenção à Saúde. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. Humaniza SUS: documento base para gestores e trabalhadores do SUS. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2006.

20 Neves RG, Flores TR, Duro SMS, Nunes BP, Tomasi E. Time trend of Family Health Strategy coverage in Brazil, its Regions and Federative Units, 2006-2016. Epidemiol Serv Saude. 2018 set;27(3):e2017170. http://dx.doi.org/10.5123/s1679-49742018000300008. PMid:30183868.

21 Zambenedetti G, Silva RAN. O paradoxo do território e os processos de estigmatização no acesso ao diagnóstico de HIV na atenção básica em saúde. Estud Psicol. 2015 out/dez;20(4). http://dx.doi.org/10.5935/1678-4669.20150024.

22 Affeldt AB, Silveira MF, Barcelos RS. Perfil de pessoas idosas vivendo com HIV/aids em Pelotas, sul do Brasil, 1998 a 2013. Epidemiol Serv Saude. 2015;24(1):79-86. http://dx.doi.org/10.5123/S1679-49742015000100009.

23 Astolfo S, Kehrig RT, Oliveira LR. Disponibilidade de recursos dos serviços ambulatoriais do Sistema Único de Saúde destinados a pessoas vivendo com HIV em Mato Grosso, 2016. Epidemiol Serv Saude. 2018;27(3):e2017406. http://dx.doi.org/10.5123/S1679-49742018000300001. PMid:30365700.

24 Colaço AD, Meirelles BHS, Heidemann ITSB, Villarinho MV. Care for the person who lives with HIV/AIDS in primary health care. Texto Contexto Enferm. 2019 jun;28:e20170339. http://dx.doi.org/10.1590/1980-265x-tce-2017-0339.

25 Kinalski DDF, Oliveira APS, Paula CC, Padoin SMM, Schmidt MD, Kleinubing RE. Factores que interfieren en el atributo coordinación en la atención primaria de la salud: revisión integrativa. Enfermería Comunitaria [Internet]. 2018; [citado 2020 maio 22];14. Disponível em: http://ciberindex.com/c/ec/e11079

26 Wolkers PCB, Macedo JCB, Rodrigues CM, Furtado MCC, Mello DF. Primary care for children with type 1 diabetes mellitus: caregiver perspectives. Acta Paul Enferm. 2017;30(5):451-7. http://dx.doi.org/10.1590/1982-0194201700066.

27 Carvalho VKA, Godoi DF, Perini FB, Vidor AC. Cuidado compartilhado de pessoas vivendo com HIV/AIDS na Atenção Primária: resultados da descentralização em Florianópolis. Rev Bras Med Fam Com. 2020;15(42):2066. http://dx.doi.org/10.5712/rbmfc15(42)2066.

28 Monteiro S, Brigeiro M. Prevenção do HIV/Aids em municípios da Baixada Fluminense, Rio de Janeiro, Brasil: hiatos entre a política global atual e as respostas locais. Interface. 2019;23:e180410. http://dx.doi.org/10.1590/interface.180410.

29 Vaz EMC, Collet N, Cursino EG, Forte FDS, Magalhães RKBP, Reichert APS. Coordenação do cuidado na Atenção à Saúde à(ao) criança/adolescente em condição crônica. Rev Bras Enferm. 2018;71(Supl 6):2612-9. http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167-2017-0787. PMid:30540035.

30 Ew RAS, Ferreira GS, Moro LM, Rocha KB. Estigma e teste rápido na atenção básica: percepção de usuários e profissionais. Rev Bras Promoç Saúde. 2018;31(3). http://dx.doi.org/10.5020/18061230.2018.7463.

31 Junges JR, Recktenwald M, Herbert NDR, Moretti AW, Tomasini F, Pereira BNK. Sigilo e privacidade das informações sobre usuário nas equipes de atenção básica à saúde: revisão. Rev Bioet. 2015 abr;23(1):200-6. http://dx.doi.org/10.1590/1983-80422015231060.

32 Navarro AMA, Bezerra VP, Oliveira DA, Moreira MAS, Alves MSCF, Gurgel SN. Representações sociais do HIV/Aids: percepção dos profissionais da atenção primária à saúde. R Pesq Cuid Fundam [Internet]. 2011 dez; [citado 2020 maio 22];(Supl). Disponível em: http://www.seer.unirio.br/index.php/cuidadofundamental/article/view/1966/pdf_529

33 Dantas MS, Abrão FMS, Costa SFG, Oliveira DC. HIV/AIDS: meanings given by male health professionals. Esc Anna Nery. 2015 abr/jun;19(2). http://dx.doi.org/10.5935/1414-8145.20150044.

34 Resolução Nº 663/2014 – CIB/RS (RS). Proposta de Linha de Cuidado para Pessoas Vivendo com HIV/Aids (PVHA) e outras DST.Diário Oficial do Rio Grande do Sul [periódico na internet], Porto Alegre (RS), 11 nov 2014 [citado 26 maio 2020]. Disponível em: https://saude.rs.gov.br/upload/arquivos/carga20170208/23110836-1419963216-cibr663-14.pdf

35 Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Cien Saude Colet. 2010;15(5):2297-305. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232010000500005. PMid:20802863.
 


Submetido em:
10/07/2020

Aceito em:
02/09/2020

67e6a4e8a953950c80369285 ean Articles

Esc. Anna Nery

Share this page
Page Sections